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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alerta! Como as crianças entendem as histórias

Muitas vezes numa biblioteca nós emprestamos livros que são infantis ou infanto-juvenis e não conhecemos o livro inteiro.
Esses tempos, li um livro O menino que espiava para dentro de Ana Maria Machado para contar uma história e tal foi a minha surpresa com alguns trechos. A criança personagem queria ficar só na imaginação e não queria viver a realidade; pensava em fazer como a bela adormecida no bosque que dormiu 100 anos ou como a branca de neve que comeu uma maçã e se entalou e morreu, chegou o príncipe encantado e a "acordou". A personagem tentou fazer como nas histórias.
Todas as viagens imagináveis e os conselhos de seu amigo imaginário a levaram à realidade.
É um livro subjetivo, as crianças adoram. O menino não morreu , ele cuspiu a maçã. A princesa encantada era sua mãe o acordando. Ganhou um amigo real, o cachorro.
Eu considero o livro muito bom. Mas, devemos trabalhá-lo em sala ou na biblioteca, para verificar o que os leitores entendem como realidade ou ficção na história. Como eles vêem o guri? O que eles acharam do livro? Como escreveriam o final da história? Por que a autora pois o nome do livro de O menino que espiava para dentro?
Lariane

Era uma vez...

Era uma vez


Assim vai começar


A linda história


Que agora vou contar.




Batam palmas minha gente!!!


Batam palmas outra vez


Batam palmas bem contentes


Que vou contar...




Era uma vez...




Laerte Vargas






Cunhambebe




Era uma vez um índio, um guerreiro que não deixou dizimar os índios, tentou...


Esse índio chamava Cunhambebe, dizem que tinha um jeito especial de falar com as pessoas.


Ele era da nação Tupinambá, filho do Pai Supremo - povo de Deus. Esse povo faz parte do tronco Tupi-Guarani.


Nosso índio teve 14 mulheres, era o mais valente guerreiro , nunca levava desaforo pra casa; era cruel com os inimigos, até os devorava nas festas religiosas.


Nosso índio era um canibal. Até hoje, as pessoas não gostam de imaginar um índio que comia outro ser humano, nesse ponto os brasileiros atuais não perdoam. Mas Cunhambebe viveu na época do descobrimento do Brasil. Ele defendia sua terra.


As coisas não foram tão simples. Não era só ele que tinha crueldade, os portugueses queriam escravizar os donos da terra, nossos índios.


Cunhambebe era um político, tomando grandes decisões, conversando com sua fala mansa, sendo o mais forte e temido chefe indígena brasileiro.


Sua arma mais poderosa foi a quantidade de índios que iam em uma canoa, ou melhor em várias canoas atacando as naus e caravelas portuguesas. Ele chamava os portuguêses de "perós" (feroz). Para ele, os portugueses eram covardes.


Teve uma certa amizade com os franceses.


Cunhambebe foi o chefe supremo da Confederação dos Tamoios. Declarou guerra aos perós. Isso fez diminuir a captura de vários índios.


Essa Confederação dos Tamoios durou cerca de 12 anos, foi a maior organização indígena que lutou contra os portugueses.


Cunhambebe morreu entre 1957 e 1960 de uma doença passada pelos brancos.


Cunhambebe não era o Chefe quando mataram os tamoios, pois já havia morrido.


Cunhambebe deve ser lembrado como nosso herói nacional, pois era o chefe maior do litoral paulista e da região do Rio de Janeiro (nome atual).




História baseada nas palavras de Antônio Torres no seu livro Meu Querido Canibal.